Problemática da Questão Existencial da Sanita

Estou muito desinspirado nos dias que correm. Nada de interessante me ocorre para escrever no blog. O trabalho, o tempo, a conjuntura económica global e a caganeira estão a atrapalhar-me as ideias.

Por falar em caganeira, lembrei de escrever sobre uma das maiores e melhores invenções do Homem – a Sanita. O que seria do Mundo sem elas? Vocês perguntam-se, e será que são assim tão importantes? Experimentem ficar uma semana sem lá meter o rabo e logo vêem...


A sanita apareceu há muito tempo. Conta a lenda que um rei sumério, que tinha grandes problemas intestinais, passava horas em pé a tentar defecar, algo que não conseguia por muitas vezes. Corria o ano de 534 a.C. e não existia nessa época qualquer tipo de instalação que permitisse obrar em paz. O rei tinha grande apresso pelas suas sandálias, não querendo obviamente suja-las com fezes (como já foi referido, o acto de defecação era feito na vertical). Teve então a ideia de criar um sistema que não comprometesse as suas sandálias. Inventou as galochas. Sobre a história da sanita não sei nada.

São normalmente feitas de loiça e algumas têm tampas muito engraçadas e originais. As pessoas passam normalmente, sem querer entrar em exageros, cerca de 30 a 45 minutos por dia na sanita. Admitindo que todos os dias defecamos passamos por semana cerca de 4 horas e meia na sanita. Ao final do mês passámos já 17 horas e meia sentados nesse tão confortável banquinho de porcelana. Durante um ano perdemos uma semana, um dia e 18 horas. Admitindo que as pessoas vivem em média cerca de 75 anos, passamos cerca de dois anos da nossa vida na sanita... ( e cerca de um mês no penico de plástico com a forma de um hipopótamo...eu tinha um desses...bem não meu, era meu e da minha irmã... mas eu passava lá mais tempo...até porque se fosse dela era cor-de-rosa, e era verde, logo era meu!...se eu queria fazer cocó, e ela lá estava, eu tinha prioridade, depois se ela quisesse acabar o serviço que fizesse depois... ou então nas cuecas.).

Portanto, da próxima vez que disserem "tou-me a cagar", tenham muito cuidado, porque podem estar mesmo.