"Violência Doméstica"

O tema da violência doméstica foi já muito debatido em vários livros, programas televisivos, blogs, ect. O que acho mal é limitarem a violência doméstica ao espancamento de pessoas. Vou contar uma história de uma, chamemos-lhe Pedro, vítima de violência doméstica. Vou evidenciar palavras como “bater”, “espancar” e outras similares, ao longo da história, para melhor se entender a violência nesta casa.

O Pedro está a dormir. O silêncio imperava em toda a casa. Ele era solteiro e vivia solitário, num T1 em Lisboa. BATERAM à porta. Era o carteiro. Trazia a mais recente edição de uma revista para adultos que o Pedro lia. Fantástico. Foi buscá-la. Antes mesmo de tomar o pequeno-almoço foi BATER uma punheta. Lavou as mãos (...NOT) e foi tratar da sua primeira refeição do dia. O Pedro é um rapaz de muito alimento, decidiu portanto fazer um bolo. Farinha, açúcar e fermento. BATEU tudo e juntou ovos. Voltou a BATER a massa e meteu ao forno. Enquanto não estava pronta a refeição foi BATER uma sorna para o sofá. Contudo, não conseguiu dormir porque o vizinho estava a tocar BATERIA. O bolo nunca mais estava pronto. Enrolou uma ganza. Começou-lhe logo a BATER. Foi preparar um BATIDO de morango para acompanhar o bolo que finalmente tinha saido do forno.

Saiu de casa. Voltou a entrar (senão não seria violência doméstica). Mas e como entrou ele em casa? BATEU com o carro e foi projectado pelo pára-brisas, aterrando dentro de sua casa no sofá. Só se ouvia o seu BATIMENTO cardíaco. Estava em choque. Mas como o choque não foi tão grande que lhe tirasse a fome, foi BATER um bifes para comer. Depois de comer telefonou à mãe, que prontamente se apresentou em casa dele. Abriu a porta e bateu-lhe.